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terça-feira, 26 de julho de 2011

A gente sabe que não é mais criança quando...

...começa a assumir o próprio erro e começa a pedir desculpas.
...aprende a deixar o outro brilhar, sem se sentir inferior por isso.

...aprende a não falar mal do outro só porque não concorda com você.
...quando aprende que TODO mundo erra, inclusive a gente,
e nem por isso a pessoa perde suas qualidades.
...quando aprende a respeitar os sentimentos do outro, a verdade do outro.
...quando a gente para de sugar e começa a oferecer também.
...quando consegue ir embora... sem a necessidade de provar ao outro o valor que tem...
Em geral a gente passa a vida trabalhando duro para amadurecer e chegar no ponto,
para enfim ser criança com verdadeira propriedade e sabedoria.

Aretha

http://blogarethamarcos.blogspot.com/2011/05/gente-sabe-que-nao-e-mais-crianca.html?spref=tw

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Existência





As coisas nem sempre vem chegam a minha mente com tanta naturalidade e clareza, as vezes rogo por um momento de sanidade, por um momento sem esse tão belo torpor, mais esse mesmo torpor que me alivia que me transporta a outras esferas, que me leva a sonhar mais distante, é o mesmo que me da uma bela de uma ressaca no dia seguinte.
Volto a viver como qualquer outro ser que se perdeu em meio a embriaguez necessária. Um estado de inconsciência “consciente” que cabe dentro de um litro ou em vários deles, dependendo da profundidade das sensações vou mais longe. Eu consigo chegar mais alto, danço entre minhas duvidas, danço sob a única luz do meu universo, me libertando totalmente de um mundo que eu, por alguns longos momentos deixo de pertencer, e ao qual não queria nunca retornar. A quem pertenço agora? Pertenço a essa Liberdade, a Paz e o Amor! Agora existo. Posso ter paz em todos os sentidos, posso amar de diversas formas. Jogo bem longe de mim todas essas as lembranças e roupas mundanas. A nudez me mostra o desapego, e meu EU verdadeiro o que já nem sei o que ou quem sou, aquele que busco encontrar. Livre de tudo, posso escolher voltar ou não, mas estou livre o bastante para pensar em condições de sobrevivência e logo desisto, lembro que joguei tudo pela janela do meu mundo, tudo que não quero mais encontrar, e como se não tivesse nenhuma estrada a minha frente eu corro de encontro ao infinito, sem rumo e sem destino.
Se restar alguma duvida, ainda permaneço com ela, pois não vou parar pra pensar em nada, apenas me deixo envolver e sinto a brisa que me beija o rosto um beijo sereno, longo e frio. Meu corpo nu, enquanto a brisa me eterniza num intenso beijo, e o tempo se arrasta e me acaricia de forma maravilhosamente lenta, quase um menage a trois, isso é excitante. Mais uma bebida e vários cigarros, por favor! As coisas aqui mudam, mais nem tanto assim, o amor parece continuar intenso mesmo depois de terminado o ato, tanto quanto os vícios.
Não consigo pensar em mais nada, apenas sinto. Isso não precisa terminar, não agora, não aqui e nem dessa forma. Não quero quebrar essa ligação com meu mundo. Acho que já começo a pensar o que devo fazer. Mais ainda não é a hora de decidir. Ainda tenho um pouco de tempo, enquanto essa letargia me toma, é melhor ver tudo isso aqui de fora do mundo e de dentro de mim. Mais o que posso fazer, se estou entre o céu e a terra, mas não acho a saída, por quanto tempo ainda tenho que não desejar voltar? Temo que o tempo se desfaça e que junto me leve. E me levaria pra onde, já que essa é a minha duvida, pra onde devo que ir. Sendo assim o tempo é quem decidirá tudo? A inércia de um teatro montado em minha mente ou um circo, talvez me deixe a pensar, quem assistirá a tudo isso? Serei Ator ou palhaço de plateia alguma? Certamente que sim, mais a Janis resolve não me deixar ir tão a fundo, é quando ouço seus sussurros, Oh, come on, come on, come on, come on! Tento me encontrar, mais ainda não sei se permaneço onde estou ou se sigo a voz da minha doce insanidade. Satisfaço-me com mais uma dose de delírio, enquanto o tempo não passa, mais uma centena de malditos pensamentos sem nexo. Volto a me perguntar se devo voltar. Mais não, não quero ficar sem dúvida. Assim não existiriam questionamentos, logo não existiria (Penso e logo existo, René Descartes?), essa foi a única decisão que tomei, a de permanecer na dúvida! Meu paradeiro? Tenho dúvidas quanto a isso e sim quero continuar com ela!


 Texto de Bebel Lima.
Uma amiga a qual admiro!